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Site criado em 02/11/2010
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Plano: Pacote Ilimitado - Validade indeterminada
Fundador: Marcelo de Souza Lerina
Casal raíz: José Antônio de Souza (Zeca) (1845) e Maria Barcellos (1848)
Local de referência: Estância do Sobrado - Lavras do Sul - RS - Brasil

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  • Marcelo de Souza Lerina

    Seu Samuel e o Cerro do Tigre

    Samuel estudou em Lavras e Pelotas, junto com o irmão Hipólito. Simpático, inteligente, aficionado das carreiras de cancha reta, foi o primeiro dos filhos de Zeca a entrar na política. Casou com a bela Universina Soares, filha do dr. João Soares leal Sobrinho, conceituado delegado da Lavras no início do século 20, e Brandina, filha de Maneco Vieira. Este voltara mutilado da Guerra do Paraguai e com o título de Coronel.
    Dinamizou a administração pública e cercou-se de elementos capazes e empreendedores. Aquisição de sede para a Intendência, construção de um novo cemitério, regularização de vias públicas, alterações no recolhimento de impostos e, sobretudo, a criação de escolas são algumas das obras que notabilizaram sua passagem pelo governo do município.
    Como conselheiro municipal, teve participação em assuntos com os quais se entusiasmava. Defendeu com veemência a reforma judiciária, elaborada pelos desembargadores André da Rocha, Armando Azambuja e Dantas e, que o Dr. Borges submetera à apreciação dos Conselhos Municipais, após a publicação em vários números de “A Federação”. Este jornal, órgão do Partido Republicano, fazia as vezes do Diário Oficial do Estado.
    Desenvolveu excelente estrutura na Estância do Cerro do Tigre, onde além do gado Durhan e Hereford de qualidade, criava muitos parelheiros, famosos em toda a região. Destes o mais célebre foi “Jack”. Também se destacaram Leblon, Tijuca, Choque, Melindrosa, Liberal e outros.
    Entusiasmava-se com seus parelheiros. Quando corria a égua Tijuca, mãe de Jack, perguntava com sua voz gritada: “Não sentem cheiro de chifre queimado?” No seu entusiasmo, entendia que era tanta a velocidade atingida, que os cascos da égua aqueciam e produziam tal cheiro no seu atrito contra o solo.
    Jogava pôquer e solo no “Petit Salão” ou no Clube. As noites gastas nestas atividades irritava D. Universina, que não deixou de ser faceira, apesar dos onze filhos.
    O casal resolvera ir ao cinema. Universina teve de apressar-se para acomodar casa e filhos. Tudo pronto, saíram. Ao voltar, ela verificou que esquecera de tirar o avental de cozinha. Era uma falha imperdoável para uma mulher vaidosa.... Sobrou para Samuel ouvir: “Tudo isso acontece porque o Samuel não me olha!”
    Eles tiveram muitos filhos: Olívia, Gil, Raul, Geni, Teodora (Dora), Henriqueta, José Antônio (Zeca), Zebina, João Olímpio, Hipólito (Potito) e Samuel (Leleco).
     
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