Família Luchsinger > história da família

Site criado em 07/06/2015
http://www.familiasdobrasil.com.br/luchsinger
Plano: Pacote Ilimitado - Validade indeterminada
Fundador: Marcelo de Souza Lerina
Casal raíz: João Rodolfo Miguel Luchsinger (1848) e Guilhermina Eichenberg (1850)
Local de referência: Rio Pardo - RS - Brasil

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O comerciante Jacob Luchsinger nasceu em Glarus na Suíça, tendo imigrado no Brasil antes do ano de 1846. Por volta de 1847, casou-se com Louise Christine Fayette (*Lich, Darmstadt), viúva de Friedlin Schmidt (*1791 Niedermumpf, Aargau, Suíça), casada com este último no ano de 1830. Louise era filha de Guillaume Fayette e de Christine Schönhardt. O sogro de Jacob era calvinista e relojoeiro, nascido em Genebra, na Suíça (Imigrantes Alemães – 1824/1852, Gilson Justino da Rosa). Na data de 04/09/1858, foi lavrada a escritura de venda do sobrado (nº 3 à Rua Julio de Castilhos em Rio Pardo/RS – esquina com a Rua General Câmara) para Jacob Luchsinger.

O casal teve dois filhos.

Uma filha Christiana Ernestine Luchsinger
Batizada em 30 de maio de 1847, nascida a 6 de agosto de 1847, em Porto Alegre, na Província de S. Pedro do Rio Grande do Sul, no Brasil.
Padrinhos: Friedrich Ernst Falkmann, Christiana Raineri.
Falecida antes de 1874, pois o pai doou seus bens em vida unicamente para J. Rudolph.


Um filho chamado João Rodolfo Miguel Luchsinger (Johann Rudolf Michael Luchsinger)
(1848/1849 RS/+31/08/1903 Rio Pardo RS), que compareceu ao Cartório de Rio Pardo em diversas oportunidades, para servir de testemunha em diversos documentos, assim como seu pai o fazia anteriormente, notadamente para servirem de intérpretes nas escrituras realizadas entre os imigrantes alemães, que não falavam ou conheciam bem o português. Jacob Luchsinger era uma pessoa conhecida e respeitada em Rio Pardo. Num dos Relatórios dos Presidentes das Províncias Brasileiras - Império 1830-1889, ao ser feita referência aos serviços das colônias provinciais, constou neste trecho: “Cumpre neste lugar mencionar os serviços relevantes e desinteressados que prestaram os Senhores Jacob Luchsinger, em Rio Pardo... (segue)”.

O filho João Rodolfo Luchsinger, também comerciante, casou-se com Guilhermina Eichenberg (*Rio Pardo/+RS), filha de Jorge Henrique Eichenberg (*1828/1829 Prússia/+03/04/1872 Rio Pardo RS) e de Virgínia Souto Eichenberg (*Rio Pardo/+RS), na data de 12/07/1873, na residência de seu pai, às 19 horas, em Rio Pardo (Cúria Metropolitana de Porto Alegre, Casamentos, Rio Pardo, Livro 5-B, pág. 377). Conforme o registro de casamento da Igreja, João Rodolfo Luchsinger e seus pais não eram católicos, o que explica o fato de o casamento ter ocorrido fora da Igreja. Os sogros Eichenberg eram católicos e residiam na Rua de Santo Ângelo, que Jorge Henrique comprou do cirurgião José de Souza e Silva em 07/10/1862. Jorge Henrique Eichenberg veio a falecer aos 43 anos, de congestão cerebral, na data de 03/04/1872 na cidade de Rio Pardo.

João Rodolfo seguiu os passos do pai, comercializando diversas mercadorias e colaborando com os colonos chegados ao Brasil. Por volta de 1882, ele fez parte de uma comissão, onde foi aberta uma subscrição, cujo produto foi aplicado no acolhimento de imigrantes, para proporcionar o sustento e o transporte daqueles que necessitavam (Almanak Literário e Estatístico 1889-1917).

No ano de 1889, foi nomeado Agente de Correio na então criada Estação do Couto (interior de Rio Pardo), pertencente à Estrada de Ferro Porto Alegre-Cacequi (Jornal A Federação, 14/10/1889).

João Rodolfo teve oito filhos:

1-Luiza Luchsinger (*17/02/1878 Rio Pardo RS/+Lavras do Sul RS) casou-se com João de Araújo de Aragão Bulcão (*16/10/1874 São Francisco do Conde, Bahia, Brasil/+28/09/1955 Lavras do Sul RS), formado em Medicina em 1897. Este serviu como Médico no Colégio Militar de Rio Pardo, época em que se casou com Luiza Luchsinger. Transferiu-se para a reserva do Exército, radicando-se em Caçapava do Sul, onde permaneceu por dois anos, quando se transferiu definitivamente para Lavras do Sul em 1903, onde foi Prefeito e dedicou-se à clínica médica. O casal teve onze filhos: João (Médico), Augusto (Farmacêutico), Carlos (falecido criança), Carmen, Carlos, Oscar, Celeste, Brenno (Cirurgião-Dentista), Lauro (Médico), Gelsa e José (Militar);

2-Georgina Luchsinger (*15/02/1880 Rio Pardo RS/+Lavras do Sul RS) casou-se com Manoel de Araújo de Aragão Bulcão (*20/11/1882 São Francisco do Conde, Bahia, Brasil/+22/05/1961 Lavras do Sul RS), Farmacêutico, irmão de seu cunhado, na data de 20/05/1908 no RS. O casal teve cinco filhos: Maria, Lucia, Licia, Luiz Antonio e Luy Augusto;

3-Rodolfo Luchsinger (*1883 Rio Pardo RS/+13/12/1886 Rio Pardo RS);

4-Henrique Luchsinger (*1885/1886 Rio Pardo/+RS), residente em Porto Alegre RS, foi soldado do 25º Batalhão de Infantaria (Jornal A Federação 1884-1937) e funcionário da Tesouraria da Viação Férrea em Porto Alegre. Casou-se com Maurilia Verney (*Santa Maria/+RS) por volta de 1921;

5-Oscar Luchsinger (*24/11/1887 Rio Pardo RS/+02/11/1972 Porto Alegre RS) casou-se com Corintha de Freitas Gomes (*08/02/1897 Lavras do Sul/+23/07/1983 Porto Alegre RS) por volta de 1920;

6-Mario Luchsinger (*1891/1892 Rio Pardo RS/+RS);

7-Ivetta Luchsinger (*28/11/1892 Rio Pardo RS/+29/06/1973 Porto Alegre RS) casou-se com José Índio Barreto (*26/08/1893 Rio Pardo RS/+16/11/1978 Porto Alegre RS);

8-Zilda Luchsinger (*11/02/1894 Rio Pardo RS/+20/07/1972 Porto Alegre RS).

João Rodolpho Miguel veio a falecer na data de 31/08/1903 em sua casa na cidade de Rio Pardo, aos 54 anos, devido a uma enfermidade cardíaca, sendo sepultado no Cemitério Público desta cidade. Theodoro Henrique Eichenberg, provavelmente irmão de Guilhermina, é nomeado tutor dos filhos menores do falecido.

Na descrição dos bens imóveis constava o sobrado, cujo endereço, em relação ao nome das ruas e o próprio número, apresentavam-se novamente alterados: “A casa de sobrado sob nº 3 à Rua Julio de Castilhos nesta cidade – esquina com a Rua General Câmara, com o terreno que lhe pertence e o terreno do lado do norte até a casa, que serviu de enfermaria militar...”, sendo avaliada em 6 contos de réis (o pai Jacob Luchsinger comprou o sobrado por 1 Conto e 650 mil réis).

Texto extraído do Blog Memorial do Tempo de Lisete Göller.