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Site criado em 22/11/2010
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Fundador: Marcelo de Souza Lerina
Casal raíz: João de Araújo de Aragão Bulcão (1834) e Augusta Emília Moniz de Aragão Bulcão (1842)
Local de referência: São Francisco do Conde (BA) e Lavras do Sul - RS - Brasil

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  • Marcelo de Souza Lerina

    Da Europa até o Brasil

    Famílias Baianas – Bulcão
    Antônio de Araújo de Aragão Bulcão Sobrinho
    Com a morte de Luiz I, o “Pio”, os seus filhos, depois de grandes lutas, dividiram em 843, pelo famoso tratado de Verdun, o primeiro celebrado na Europa, o antigo e poderoso Império de Carlos Magno, o “Rei dos francos e dos lombardos e patrício romano pela graça de Deus”, cabendo pela partilha realizada o reino da França a Carlos II, o “Calvo”, a quem ficou pertencendo grande parte da região compreendida entre o baixo do rio Escalda, o mar do Norte, o Artois, o Hainaut e o Brabante; denominada Flanders ou em Flamengo “Vlaanderen”.
    Carlos II casando em 863 sua filha Judith, viúva de Ethelwolf, Rei de Wessex e Kent, com o célebre guerreiro Balduino de Adernes, conhecido pela alcunha de “Braço de Ferro”, procurando assegurar a posse da referida região e manter a sua defesa contra as continuas invasões dos normandos resolveu confiar-lhe a sua administração.
    Balduino, de posse do citado território, fundou o condado de Flanders, ao qual acresceu as cidades de Gand, Courtrai, Tournay, Arras e Termond, e como seu 1º Conde o governou até falecer na cidade de Arras em 879, tendo como sucessor seu filho Balduino II, casado com Elstruda, filha de Alfredo, o “Grande”, Rei da Inglaterra.
    O condado de Flanders, depois de sucessivas transformações e domínios está atualmente dividido entre a França, formando o departamento do Norte, a Bélgica, constituindo as Províncias de Flanders Oriental e de Flanders Ocidental, e da Olanda, como parte da Província da Zelândia.
    Ao antigo condado de Flanders pertencia, como uma das mais adiantadas e principais cidades, a de Bruges, atual capital da Provìncia de Flanders Ocidental, na Bélgica, donde é originária a família BULSCAMP ou BULSCAM, cujo nome a corrutela portuguesa adulterou do flamengo para BULCÃO.
    Com a descoberta em 1431 por Gonçalo Velho Cabral do Arquipelago de Açores, o qual ficou pertencendo a Portugal, Dom Afonso V resolver promover os meios para colonizá-lo e assim a ilha do Faial, uma das componentes do mencionado arquipélago, foi doada por Carta do Infante Dom Fernando, 2º Duque de Vizeu, passada em Tomar a 21 de fevereiro de 1468, a Jobst Van Heuter ou Josse Van Hurttére, fidalgo flamengo e senhor do feudo de Haeghenbrouc, em Flanders, que a pronuncia portuguesa transformou para Jorge Dutra, casado com Dona Brites de Macedo, dama de Dona Beatriz, 2ª Duquesa de Vizeu e Infanta de Portugal.
    Dando cumprimento à sua missão Jorge Dutra transportou-se logo para a ilha de Faial, acompanhado de parentes e amigos e estabeleceu-se no local depois dominado “Ribeira dos Flamengos”, onde foi edificada uma pequena ermida sob a invocação de Nossa Senhora da Luz, que é a atual Matriz da Freguesia dos Flamengos.
    Entre os patrícios amigos que acompanharam Jorge Dutra para a empresa colonizadora da Ilha de Faial estava o fidalgo flamengo GROOT BULSCAM ou BULSCAMP.
    Com GROOT BULSCAM ou Grotas Bulcão, como ficou conhecido, teve início na ilha de Faial, a família BULCÃO, que, ligada posteriormente com as mais nobres e destacadas famílias locais como fossem Bittencourt, Brun, Dutra, Faria, Furtado de Mendonça, Peixoto de Carvalho, Pereira e Terra, tornou-se uma das mais numerosas e influentes, ocupando diversos dos seus membros cargos de relevo na administração pública e desfrutando do mais elevado conceito em todas as camadas sociais.
    A descendência de GROTAS BULCÃO pertencia GASPAR GONÇALVES BULCÃO que consorciou-se com DONA VIOLANTE MACHADO DUTRA NUNES, filha de Antonio Dutra Nunes, Ouvidor Geral da ilha, e de Dona Francisca Gaspar Machado, e neta paterna de Nuno Fernandes e de Dona Georgina Dutra, irmã de Jorge Dutra, o donatário da referida ilha.
    É da numerosa progênie da GASPAR GONÇALVES BULCÃO e de D. VIOLANTE MACHADO DUTRA NUNES que descendia GASPAR DE FARIA BULCÃO, filho de Sebastião Dutra de Faria Bulcão e de D. Maria de Avila da Silveira Bittencourt, neto paterno de Sebastião Dutra de Faria Bulcão e de D. Madalena Dutra e neto materno de Francisco Brun da Silveira Bittencourt e de D. Inês Duarte, que muito moço, cheio de esperanças e ávido de trabalho, deixou o aconchego do lar feliz e veio para o Brasil, onde já tinha parentes, dar a sua contribuição em prol do seu desenvolvimento.
    GASPAR DE FARIA BULCÃO chegando, mais ou menos em 1650, à cidade de Salvador, capital da Bahia, seguiu logo para a Freguesia de Nossa Senhora do Monte de Recôncavo, criada em 1603 e nos seus primórdios denominada “Tamarari”, pertencente desde 1697 ao histórico e legendário Município de São Francisco da Barra do Sergi do Conde, onde adquiriu uma vasta extensão territorial, estabelecendo ai sua residência no lugar que denominou “Água Boa” fundando engenhos de açúcar e construindo a igreja de São José.
     
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